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quarta-feira, 8 de junho de 2011

Diocese avança com Casa Sacerdotal





A Casa Sacerdotal será mais um sinal visível, “uma âncora e um farol de esperança” neste caminho pastoral que a todos nos deve envolver e mobilizar.


É a hora de começar

Vamos iniciar a construção da Casa Sacerdotal. As razões, que desde sempre nos motivaram a levar por diante esta iniciativa, são cada vez mais prementes. A idade avança para todos, as necessidades surgem nas mais diversas circunstâncias, muitas vezes de forma surpreendente e inesperada, as expectativas estão criadas, a generosidade, manifestada em gestos muitos belos, foi despertando um pouco por todo o lado e urge que as esperanças e os sonhos de ontem possam ser realidade já amanhã.

Recordo as primeiras palavras escritas na Nota Pastoral, de Quinta Feira Santa, 20 de Março de 2008, ao anunciar oficialmente à Diocese este propósito respaldado numa firme convicção: “Ao decidir construir a Casa Sacerdotal de Aveiro estou a pensar nos sacerdotes de hoje e do futuro e em quantos ao longo da vida dedicadamente os acompanharam e serviram. Penso na Casa Sacerdotal como quem vê surgir, no horizonte do tempo e no coração de Aveiro, um Santuário de Gratidão da Diocese aos seus sacerdotes”.

Sei que este projecto, que é de todos e para todos, se fez caminho de comunhão e de unidade no Presbitério e na Diocese. Assim, depressa esta iniciativa se tornou um belo sinal de amor de Deus pelo seu povo e uma serena certeza de bênção para os sacerdotes.

Esta é agora a hora de começar. O projecto está elaborado e aprovado, nas suas mais diversas vertentes, cumprindo as exigências legais, acolhendo as normas das várias instâncias e obedecendo a todos os requisitos, inclusivamente para que no futuro se possa diligenciar no sentido de celebração de acordos sociais de cooperação. Construído em propriedade do Seminário de Santa Joana Princesa, será o Seminário o Dono de Obra e ao Seminário pertencerá o novo edifício construído, assim como a sua direcção e orientação no futuro.

Também aqui lembro o que já na referida Nota pastoral escrevi: “Os seminaristas e pré-seminaristas de hoje são a esperança e o caminho do futuro do Presbitério e os sacerdotes são para eles a sua herança, memória e bênção”. Seminário e Casa Sacerdotal são, assim, dois espaços que se integram, completam e compreendem mutuamente no mesmo arco do tempo da vida dos sacerdotes e em igual e intenso amor pela sua missão. São como dois pulmões de um só corpo. Seminário e Casa Sacerdotal têm a mesma invocação e são igualmente confiados à protecção de Santa Joana Princesa, nossa Padroeira.

O concurso foi feito. E a obra já está adjudicada. A recente Assembleia dos Sacerdotes, realizada no dia 20 de Maio, ajudou-nos a sentir com alegria e clareza a urgência de que se reveste a Casa Sacerdotal e as possibilidades concretas que se abrem ao financiamento da sua rápida construção.

Esta é, por isso, a hora de convocar a Diocese para a generosidade. Sabemos que são difíceis os tempos que vivemos. Mas sabemos, também, que desde o início da nossa Igreja diocesana todas as obras nasceram mais da fé intrépida dos nossos bispos, da colaboração sempre generosa dos irmãos sacerdotes e das iniciativas persistentes e criativas das comunidades e dos fiéis do que da abundância dos bens financeiros, que a Diocese nunca teve. A escassez de bens económicos permitiu descobrir o valor maior de todas as ajudas, desde as mais pequenas dádivas, e abriu caminho abençoado para a criatividade que emprestou engenho e arte às múltiplas iniciativas que em cada momento foram surgindo.

Venho, por isso, agradecer às pessoas e paróquias, às instituições e empresas que desde o primeiro anúncio manifestaram plena abertura a esta iniciativa e acolheram com alegria renovada esta causa. Já se sentem os primeiros gestos de generosidade e são já vários os sinais expressivos de colaboração. Os primeiros contributos tornaram possível que déssemos os passos necessários, saldássemos as despesas iniciais e possamos agora firmar os alicerces sólidos da construção que vai nascer.

Estou consciente de que os primeiros gestos de espontânea e sustentada generosidade se vão agora multiplicar de forma consistente e em âmbito alargado em todas as paróquias, sem esquecer as comunidades emigrantes no estrangeiro, sobretudo aquelas em que têm trabalhado sacerdotes da Diocese de Aveiro.

A partir desta hora de começar veremos dia a dia a obra crescer e precisamos para isso da ajuda comum e da colaboração conjugada de todos. Neste percurso pastoral que estamos a viver rumo ao Jubileu da nossa Diocese, propomo-nos ser Igreja que vive e celebra na alegria o seu crescimento na fé e na caridade, se abre ao mundo com ânimo evangelizador e é rosto de esperança. A Casa Sacerdotal será mais um sinal visível, “uma âncora e um farol de esperança” neste caminho pastoral que a todos nos deve envolver e mobilizar.

Sabemos que no início da construção do Seminário, o senhor D. João Evangelista de Lima Vidal, o consagrou ao Sagrado Coração de Jesus, consciente do valor da oração e numa expressão muito viva do seu coração de Pastor que sempre procurou ter, desde a própria inscrição no seu brasão episcopal ao seu permanente carinho pelos Seminários e pelos sacerdotes nas terras que serviu.

Neste mês dedicado ao Sagrado Coração de Jesus, também eu quero confiar ao desvelo de Jesus, o Mestre e Pastor, à bênção de Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe, e à intercessão de Santa Joana, nossa Padroeira, a Casa Sacerdotal e o sentido de serviço à Diocese de Aveiro que nela se vai cumprir.

Aveiro, 1 de Junho de 2011

+António Francisco dos Santos

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Apresentada III etapa do Plano Pastoral Diocesano


Pelas 15:H00 de Domingo, dia 10, no auditório do Seminário de Aveiro reuniram de toda a diocese, agentes da pastoral e leigos, Diáconos, Religiosas e Párocos e alguns Arciprestes.
A Oração de abertura foi coordenada pelo Padre Francisco Rodrigues Melo, Vigário Episcopal da Pastoral Geral, para integração na temática, “ A IGREJA DIOCESANA ORANTE… É LUGAR DE ESPERANÇA!”.
Seguiu-se a apresentação do objectivo geral e respectiva justificação,-…” descobrir na dimensão litúrgica e celebrativa e na religiosidade popular, o alimento espiritual para sustentar e dinamizar o processo de Formação Cristã , pretendendo-se que todos os fieis descubram o valor essencial da celebração litúrgica que a Igreja oferece, de modo a potenciar o seu empenhamento para uma participação mais activa na vida eclesial”…- que esteve a cargo do Padre José Manuel Marques Pereira, Coordenador da Pastoral Litúrgica da Diocese.
Para a concretização dos 12 Objectivos mais específicos impõe-se a necessidade da ORAÇÂO e da ACÇÃO EUCARÍSTICA, como attitudes fundamentais a revitalizar.
Cada arciprestado reuniu depois com os representantes presentes no intuito de apurar acções concretas e a pôr em prática mediante as realidades das respectivas paróquias, de forma a viabilizar as solicitações da diocese.
Propostas exequíveis foram apresentadas em plenário pelos respectivos porta-voz e foi depois em jeito de encerramento que o nosso Bispo D. António Francisco de dirigiu à numerosa assembleia, saudando a todos e deixando breves “mensagens”.
Aos jovens…”não tenhais medo de interpelar…sede parte activa da Igreja…que vos ensinemos e aprendamos a viver convosco pois queremos ajudar-vos a descobrir o caminho”…!
Aos agentes da pastoral e cristãos em geral… “ Urge formar equipas de conselhos paroquiais e equipas de pastoral litúrgica”… e aos arciprestados sublinhou concluindo…” que haja uma acção pastoral eficaz e que o plano diocesano seja acolhido, reflectido e traduzido para que em cada Paróquia seja concretizado”…!
E foi rezando e cantando em uníssono que nos despedimos na esperança de levar por diante estes desafios para sermos uma Igreja mais disponível, comprometida e acolhedora.

Salientamos que o Arciprestado de Águeda esteve representado por 40 pessoas: agentes da pastoral; jovens; adultos; religiosas e sacerdotes (quatro presentes neste momento, mas estiveram sete padres do arciprestado)… um bom auspício para o futuro!.

O resultado foi positivo e houve unanimidade nas propostas apresentadas: " 1 –FORMAÇÃO: necessidade de formação litúrgica e específica direccionada aos diversoa agentes da pastoral, tais como: Acólitos, Leitore; Admonitores; Cantores; Zeladoras; Ministros da Comunhão; Catequistas, etc.;

2 – ORAÇÂO : aprender a rezar ouvindo também o silêncio; criar grupos e espaços de Oração, aproveitando e revitalizando os que já existem... para maior compromisso dos leigos;

3 - CATEQUESES – inovar e utilizar meios apelativos com adultos, famílias e crianças e joven;

4 – DAR MAIS SENTIDO AOS ACTOS DE FÉ – o porquê de fazer?! Para fazer tem que se gostar de…;

5 – VIVER AS CELEBRAÇÕES – aqui importa fomentar a participação nas Eucaristias principalmente dos que andam na catequese; que a sua participação seja activa, vivendo os Sacramentos de Iniciação Cristã – Baptismo, Comunhão e Crisma – com integração das festas de catequese.

6 – IGREJAS ABERTAS - depois das vagas de assaltos importa ter as igrejas abertas durante o dia nem que haja um trabalho maior na vigilãncia;

7 – CRIAR SITE OU BLOGUE – a criação destes espaços podem servir para interagir, partilhar experiências e pôr as paróquias mais em sintonia… podendo ser criado um “grande encontro arciprestal”…;

8 – INOVAR… ESTAR EM SINTONIA… COMO LEVAR AS PESSOAS A PARTICIPAR NAS FORMAÇÕES... (PORQUE JÁ SE VÃO FAZENDO E POR NORMA OU SÃO SEMPRE OS MESMOS OU QUEM ESTÁ NÃO É QUEM MAIS NECESSITA)… EIS AS QUESTÃO MAIS PREOCUPANTES.... PARA QUE A EUCARISTIA SEJA A MAIS ENRIQUECEDORA ORAÇÃO ONDE TODOS DEVIAM PARTICIPAR DE FORMA MAIS APELATIVA E ACTRATIVA...”

APOSTAR NOS JOVENS.... É O GRANDE DESAFIO DO BISPO D. ANTÓNIO FRANCISCO...

Como motivá-los é o cerne da questão….

Texto:
Helena Nogueira

sábado, 7 de agosto de 2010

Cruz das JMJ em Aveiro



A cruz foi dada aos jovens por João Paulo II no final do Ano Santo da Redenção (1983-1984)


A Cruz da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) vai estar em Aveiro do 11 de Agosto como forma de preparar a JMJ de 2011, em Madrid. Na noite do dia 10, terça-feira, uma delegação do Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil e Vocacional vai buscá-la ao Porto. No dia 11, em Aveiro, a Cruz estará na antiga Igreja das Carmelitas (no centro de Aveiro) podendo ser “visitada” até às 20h, altura que seguirá numa viatura própria para o Cais da Fonte Nova, onde decorrerá um mini festival da juventude. Do Cais, a Cruz seguirá de moliceiro até às Pontes e subirá a Rua Batalhão Caçadores 10 até à Sé de Aveiro, onde haverá uma vigília de oração pelas 21h30. Da Sé de Aveiro a Cruz sai para as dioceses de Viseu e Guarda.

A Cruz é de madeira, mede 3,80 metros e pesa 31 quilos. Foi dada aos jovens por João Paulo II no final do Ano Santo da Redenção (1983-1984).

O percurso por Portugal, como por outros países europeus, pretende motivar a participação na próxima JMJ, que se realiza em Madrid, entre 16 e 21 de Agosto de 2011. A Cruz e o ícone mariano que a acompanha são os objectos polarizadores da iniciativa.

Para mais informações aceda à página do Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil e Vocacional de Aveiro ( http://www.sdpj-aveiro.org/ )

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Livres para levar Jesus Cristo à sociedade actual - Nota do Bispo de Aveiro sobre as Ordenações Presbiterais

1. Decorre nestes dias, na Casa Diocesana, o segundo turno de Retiro Espiritual dos sacerdotes da Diocese. Inspira-se este Retiro no espírito do Ano Sacerdotal que o Santo Padre Bento XVI nos convidou a viver desde Junho de 2009 a Junho de 2010, em datas balizadas pela solenidade do Sagrado Coração de Jesus.


Na Carta de Abertura do Ano Sacerdotal, o Santo Padre lembrava as palavras do Cura d’Ars, ao afirmar: “Um bom pastor, um pastor segundo o coração de Deus, é o maior tesouro que o bom Deus pode conceder a uma paróquia e um dos dons mais preciosos da misericórdia divina”.


Quando, no passado mês de Maio, Bento XVI visitou Portugal, ao falar na Igreja da Santíssima Trindade, em Fátima, aos sacerdotes e seminaristas recordava-nos que a Bem-aventurada Virgem Maria nos guia e acompanha no caminho de fidelidade para sermos “livres e santos, para que em cada um de nós cresça Cristo, o verdadeiro consagrado do Pai e o Pastor ao qual os sacerdotes emprestam voz e gestos e de Quem são presença; livres para levar à sociedade actual Jesus Cristo morto e ressuscitado”.


Passado que foi o Ano sacerdotal, surge agora o tempo novo para continuar a aprofundar o dom e a beleza do sacerdócio apostólico, sacramento do amor redentor de Jesus Cristo, no meio deste Povo Sacerdotal que é a Igreja.


2. É neste espírito de radicalidade e de fidelidade renovadas que a graça do Ano Sacerdotal trouxe e confiou à sua Igreja que vos anuncio com grande alegria a ordenação presbiteral do diácono José Carlos da Silva Lopes, no próximo dia 11 de Julho, na Sé de Aveiro, às 16 horas, e do diácono José António Carneiro no dia 18 do mesmo mês, na Basílica do Sameiro, em Braga, às 15,30 horas.


O diácono José Carlos é natural da paróquia de S. Tiago de Ribeira de Fráguas, no Arciprestado de Albergaria-a-Velha, e será a partir da ordenação membro do Presbitério de Aveiro. O diácono José António é natural da paróquia de São Torcato, no Arciprestado de Guimarães, da Arquidiocese de Braga, onde está incardinado, tendo realizado o estágio pastoral na nossa Diocese e continuando aqui como presbítero no próximo ano.


Convido a Diocese a acompanhar com oração confiante, com afecto fraterno e com expressiva presença na Celebração de Ordenação estes nossos irmãos, que constituem um dom abençoado de Deus à Igreja de Aveiro.


Quero manifestar às suas famílias, comunidades e Seminários a gratidão de toda a Igreja Diocesana. Foram muitos, aqueles que Deus colocou no seu caminho e fez seus mediadores na hora do chamamento e no percurso de crescimento na fé, na vocação, no discernimento e na decisão destes jovens que se aproximam com alegria do ministério sacerdotal. Que Deus a todos recompense e dê à sua Igreja o dom da confiança e a certeza da fé que nos dizem que o testemunho dos sacerdotes suscita novas vocações no coração generoso de tantos jovens a quem Jesus continua a dizer: “Vem. Segue-me” (Mc 2, 14).


3.Em tempo de ordenações de novos presbíteros, tem mais sentido fazer das palavras e dos sentimentos com que o Santo Padre Bento XVI se dirigiu aos sacerdotes e consagrados (as), a voz e a gratidão de toda a Igreja: “A todos vós que doastes a vida a Cristo, desejo exprimir o apreço e o reconhecimento eclesial. Obrigado pelo vosso testemunho muitas vezes silencioso e nada fácil, obrigado pela vossa fidelidade ao Evangelho e à Igreja”.


Os primeiros discípulos perguntaram a Jesus: «Mestre, onde moras? «Vinde ver» (Jo 1,39), disse-lhes Jesus. E os discípulos viram e permaneceram.


Que também hoje os jovens, que querem ser discípulos e apóstolos de Cristo, encontrem e vejam a morada do Mestre, que é Jesus, no rosto, no coração e no testemunho de quantos decidem ser padres!


Aveiro, 29 de Junho de 2010, Solenidade de S. Pedro e S. Paulo, Apóstolos.


D. António Francisco dos Santos
Bispo de Aveiro

sábado, 3 de abril de 2010

Missa Crismal na Sé e Mensagem do Bispo de Aveiro



Veja aqui como foi a Missa Crismal na Sé de Aveiro, em Quinta-feira Santa. As fotos são do Pe. Júlio.



Aqui deixamos a Mensagem da Páscoa do Bispo de Aveiro, D. António Francisco

Celebrar a Páscoa, ancorados em Cristo e firmes na fé (Col 2,7)


Irmãos e Irmãs

Que a alegria de Jesus ressuscitado esteja convosco!

1.Com esta saudação jubilosa quero dirigir-me a todos vós que celebrais as festas pascais, sentis atracção por Jesus Cristo e quereis encontrar e contemplar o rosto do Ressuscitado na realidade social e cultural do dia-a-dia, na vida em família e nos acontecimentos da Igreja.

Jesus ressuscitou e oferece uma nova luz para o nosso olhar, uma rocha firme para a nossa fé. A morte foi vencida e deixa aberta a porta do futuro, que Deus faz nascer em cada Páscoa.
O pecado é redimido pela justiça purificadora da cruz e da ressurreição e o egoísmo cede o lugar ao amor de doação, que é confirmado como regra de vida com valor definitivo.

Esta certeza enche-nos de alegria e faz exultar o nosso coração. Dá solidez às nossas convicções e revigora as nossas forças. Eleva o nosso espírito e mostra-nos que “tudo é possível a quem crê”.

Foi este o lema da caminhada quaresmal que queremos prosseguir no tempo pascal com energia redobrada. Por isso, continuamos a seguir os passos de Jesus, agora nas suas aparições aos discípulos.
Estas aparições são encontros exemplares de quem acaba de viver uma tragédia de morte e desilusão, que se transforma em fonte de vida, força de convocação e raiz de esperança.
Esta é a novidade gerada pelo Senhor ressuscitado no coração daqueles que fizeram a experiência de O ver glorificado. A partir de então, tudo é visto, apreciado e valorado de acordo com novos critérios: a razão humana como a aliada natural da fé, o amor conjugal como a relação normal entre homem e mulher, a verdade como força que liberta, a confiança como atitude estruturante da vida em sociedade, a solidariedade como expressão da responsabilidade de todos por cada um.

Jesus Cristo constitui de facto a origem de uma nova humanidade que, sob o impulso do Espírito Santo, vai germinando sempre que, de forma coerente, adoptamos os seus critérios de acção.

A fé cristã brota desta certeza inconfundível. Quem a vive, sente e irradia a alegria de ser amado por Deus, sabe apresentar as razões da esperança que nos animam, assume uma presença pública activa, conhece as forças que influenciam os centros de decisão e procura os meios adequados de intervenção, mantém uma atenção delicada a quem não crê ou a quem escolheu o caminho da indiferença religiosa, fazendo-lhes chegar a mensagem de que o ser humano encontra a sua plenitude de humanidade, seguindo o Evangelho de Jesus Cristo, a fonte inesgotável da verdade, do amor, da beleza e do bem.

A pedagogia do encontro pascal é assumida pela Igreja para iniciar na fé os candidatos à vida cristã e fazer a sua inserção na comunidade pascal. Constitui um bom guia e oferece-nos um grande apoio para a nossa abertura ao dinamismo missionário, para o nosso acolhimento fraterno a quantos procuram a Igreja e para todo o nosso trabalho pastoral, sobretudo nesta fase do nosso plano diocesano de pastoral.

2.No tempo pascal, ocorre a visita do Santo Padre a Portugal. É uma feliz coincidência e uma abençoada oportunidade para acolher o sucessor de Pedro, a testemunha privilegiada de Jesus ressuscitado.
Esta visita constitui um acontecimento de enorme importância por várias razões, sendo de realçar: a pessoa e o ministério do Papa, a situação cultural da sociedade portuguesa e os desafios com que se debate a Igreja em Portugal.
Bento XVI vem até nós como peregrino e convida-nos a caminharmos com ele na redescoberta da “caridade na verdade” e na sabedoria da fé e da esperança que humaniza as relações humanas e sociais.

A propósito da sua vinda, a Conferência Episcopal Portuguesa publicou uma Nota Pastoral que muito nos pode ajudar e que, por isso, recomendo vivamente.

O Santo Padre vem como pastor da Igreja universal a confirmar-nos na fidelidade a Jesus Cristo, no amor à Igreja e no serviço aos irmãos em humanidade.
Vamos aproveitar esta oportunidade singular para estarmos próximos, acompanhar o seu percurso, acolher a sua mensagem, saborear a sua presença. Vamos procurar conhecer melhor o seu pensamento e demonstrar-lhe a nossa comunhão agradecida.

3.Sabemos como o Papa Bento XVI cultiva um amor de eleição para com os sacerdotes e, a fim de avivar a sua fidelidade a Jesus Cristo, dedicou o Ano Sacerdotal a ser celebrado em toda a Igreja.

Em sintonia com ele, também nós queremos agradecer os padres que servem com inexcedível generosidade a Igreja que somos e reconhecemos a urgência de haver “padres para tempos novos”. E sabemos que “o testemunho sacerdotal suscita vocações”, como nos lembra a mensagem para o Dia Mundial das Vocações, a celebrar a 25 de Abril, p.f. Agora, é necessário ser coerente e passar à prática, inspirando todo o nosso viver e o nosso agir pastoral desta cultura vocacional.

A nossa Diocese tem realizado várias iniciativas mobilizadoras. A nível de padres, de diáconos, de leigos e de religiosas. A nível de comunidades, serviços pastorais e movimentos apostólicos.
Muitos cristãos vivem um amor crescente pelo nosso Seminário. Há um clima vocacional promissor, sobretudo entre os jovens. A Casa Sacerdotal, qual santuário de gratidão, está a chegar à fase de construção. A hora é de esperança fundada e de alegria confiante.

Desejo a todos os diocesanos e a quantos se acolhem neste belo espaço geográfico da diocese de Aveiro ou nos visitam neste tempo, que possais viver estes acontecimentos festivos com espírito pascal.
Convido-vos a encontrar a presença de Jesus ressuscitado no esforço sincero de quem procura Deus e na coragem cristã de quem alcança e quer partilhar esta experiência pascal na alegria da fé, fundamento de esperança para o mundo.

Que a Senhora da Cruz e da Páscoa, Mãe de Cristo e Mãe da Igreja, nos ilumine neste caminho pascal, guie os nossos passos na firmeza da fé e da fidelidade e oriente o nosso olhar no horizonte do amor infinito de Deus. Uma santa e feliz Páscoa.

Aveiro, 30 de Março de 2010

+António Francisco dos Santos
Bispo de Aveiro

terça-feira, 30 de março de 2010

Cerimónias da Semana Santa na Diocese de Aveiro transmitidas em directo pela TV online

À semelhança do ano passado o portal da Diocese de Aveiro irá transmitir em directo as cerimónias da Semana Santa na Catedral de Aveiro, presididas por D. António Francisco dos Santos, Bispo de Aveiro, através do endereço do site da diocese (http://www.diocese-aveiro.pt/tvdirecto.asp). As datas serão as seguintes:
1/ABRIL: Quinta-feira SANTA: 21h30 Missa da Instituição da Eucaristia (Jo 13, 1-15), com Lava-pés, na Sé de Aveiro.
2/ABRIL: Sexta-feira SANTA: 17h30 Celebração da Paixão do Senhor e Adoração da Cruz (Jo 18, 1 - 19, 42) na Sé de Aveiro.
3/ABRIL: Sábado SANTO: 21h30 Solene Vigília Pascal (Mc 16, 1-8), na Sé de Aveiro.
Além disso há a possibilidade de informar, relatar e acompanhar em directo as cerimónias através das redes sociais da diocese nos 2 canais próprios criados para o efeito, nomeadamente no facebook (http://www.facebook.com/dioceseaveiro ) e no twitter ( http://www.twitter.com/dioceseaveiro ).

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Formação Espiritual é centro vital da vida dos sacerdotes




Pe. Emilio Magaña orientou trabalhos do dia e encerra jornadas sexta-feira

O Pe. Emilio Magaña, da Pontifícia Universidade Gregoriana, foi convidado para o terceiro dia das jornadas de formação do Clero de Aveiro. O sacerdote jesuíta, de origem mexicana, abordou de manhã a “Formação Espiritual dos Presbíteros” e, de tarde, procurou responder à questão “Será possível uma fraternidade presbiteral?“. Para o último dia das jornadas, sexta-feira, o mesmo orador foi desafiado a falar sobre as “Linhas de força da formação ao presbiterado”.
Sobre a formação espiritual, o jesuíta defendeu que esta é o “centro vital da vida dos sacerdotes” e que “não termina com a formação inicial, senão com a morte”. Esta formação deve conduzir o padre a ser um “alter-Christus” sendo que a formação humana é base da formação espiritual.
Na Carta aos Gálatas (4, 19-20), o Pe. Emilio foi buscar a definição da formação espiritual: é a conformação com Cristo e, por isso, constitui o centro vital do sacerdote.
O orador apontou ainda uma “crise de identidade sacerdotal” e destacou que “a identidade está naquilo que somos e não naquilo que fazemos e que somos chamados a ser”, ou seja, sacerdotes.
Para além da necessidade de a formação espiritual dar tempo privilegiado de discernimento, de enamoramento e de descoberta de Cristo, ela deve também combater um certo individualismo muitas vezes vivido pelos sacerdotes.
O jesuíta finalizou a primeira intervenção, das três que foi convidado fazer, anotando os aspectos ou caminhos a que a formação espiritual deve levar: “acercar-se da dor dos irmãos, assumir um estilo de vida ascética, ter disciplina de vida, discernir a forma de ser e, pró fim, caridade pastora”.
No debate da manhã, o Pe. Magaña aflorou ainda algumas questões levantadas pelos ouvintes como o sacerdócio de Cristo, a formação espiritual dos seminários e a formação espiritual na vida sacerdotal, a crise vocacional, o equilíbrio desejado pela formação espiritual e o uso moderado e racional das novas tecnologias da informação.


Diácono José António Carneiro
fotos pe. júlio

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Clero de Aveiro alertado para a necessidade de formação




Jornadas em Albergaria congregam meia centena de padres e diáconos

O segundo dia da formação do Clero de Aveiro arrancou com uma comunicação sobre a Formação Permanente dos Presbíteros, a partir do pensamento de Amadeo Cencini. O cónego António Jorge, da diocese de Viseu, foi o orador convidado e apresentou em traços largos as linhas mestras de Cencini – sacerdote italiano que esteve presente no último Simpósio do Clero de Portugal – sobre a formação permanente.
António Jorge reforçou as ideias daquele italiano que usa a metáfora da respiração humana para falar da formação permanente. “A Formação Permanente é como a respiração humana ainda que com arritmias e intermitências”, frisou. De seguida, lançou os pressupostos dessa mesma formação permanente a partir do que defende Cencini: renovação da consagração; novo modo de formar candidatos; colocação no centro da formação sacerdotal a formação permanente e, por fim, renovação da própria ideia de formação.
Para o sacerdote viseense, a formação permanente é uma longa parábola inacabada, é crescimento contínuo para Cristo que deve ser pensada antes sequer da formação inicial dos candidatos ao sacerdócio. “A formação permanente não pode ser mera reciclagem intelectual e deve ser tida em consideração logo no início da caminhada de discernimento vocacional no Seminário”, apontou. E prosseguiu: “Não podemos no Seminário continuar a formar ‘padres para este tempo’ uma vez que quando chegar a hora do exercício pastoral esse tempo já passou”, afirmou o sacerdote, ressalvando, deste modo, a importância da formação permanente.
O Pe. António Jorge referiu ainda a “docibilitas” como a ideia central do pensamento de Cencini. E deixou a definição da palavra latina: “Pleno envolvimento activo e responsável da pessoa no processo educativo e formativo”. Para o conferencista esta “docibilitas” deve começar a ser ensinada nos Seminários.
No diálogo sequente à comunicação, António Jorge ressalvou a necessidade de um maior acompanhamento aos sacerdotes por parte quer do bispo que do próprio presbitério. Vincou, por fim, a necessidade de se perceber a formação permanente como “respiro da vida”, tendo a percepção de que tudo o que se faz no dia-a-dia se engloba e envolve nesse mesmo processo de formação permanente que leva ao crescimento e a uma maior conformação com Cristo Bom Pastor.
NB: por motivos pastorais não estive presente de tarde e como tal não posso deixar informações sobre a comunicação de D. Carlos Azevedo

Diácono José António Carneiro
fotos do padre Júlio disponíveis

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Direito a morrer debatido em Aveiro

“Existe o direito a morrer?” é o tema da primeira palestra deste ciclo, pelo professor Daniel Serrão, que se realiza amanhã, 3 de Fevereiro pelas 21h00, no auditório do Centro Universitário Fé e Cultura, CUFC.

Este conjunto de palestras será realizado por várias personalidades de renome na cena nacional ou internacional e nasce de uma parceria entre o Instituto Superior de Ciências Religiosas de Aveiro (ISCRA) e o CUFC.

São “Tertúlias à Quarta” pois serão realizadas na primeira Quarta-feira de cada mês.

Todas as tertúlias serão transmitidas no canal de TV Online da Diocese de Aveiro (http://www.diocese-aveiro.pt/tvonline.asp) e posteriormente ficarão acessíveis no canal no Youtube da Diocese de Aveiro (http://www.youtube.com/dioceseaveiro).