quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Clero de Aveiro alertado para a necessidade de formação




Jornadas em Albergaria congregam meia centena de padres e diáconos

O segundo dia da formação do Clero de Aveiro arrancou com uma comunicação sobre a Formação Permanente dos Presbíteros, a partir do pensamento de Amadeo Cencini. O cónego António Jorge, da diocese de Viseu, foi o orador convidado e apresentou em traços largos as linhas mestras de Cencini – sacerdote italiano que esteve presente no último Simpósio do Clero de Portugal – sobre a formação permanente.
António Jorge reforçou as ideias daquele italiano que usa a metáfora da respiração humana para falar da formação permanente. “A Formação Permanente é como a respiração humana ainda que com arritmias e intermitências”, frisou. De seguida, lançou os pressupostos dessa mesma formação permanente a partir do que defende Cencini: renovação da consagração; novo modo de formar candidatos; colocação no centro da formação sacerdotal a formação permanente e, por fim, renovação da própria ideia de formação.
Para o sacerdote viseense, a formação permanente é uma longa parábola inacabada, é crescimento contínuo para Cristo que deve ser pensada antes sequer da formação inicial dos candidatos ao sacerdócio. “A formação permanente não pode ser mera reciclagem intelectual e deve ser tida em consideração logo no início da caminhada de discernimento vocacional no Seminário”, apontou. E prosseguiu: “Não podemos no Seminário continuar a formar ‘padres para este tempo’ uma vez que quando chegar a hora do exercício pastoral esse tempo já passou”, afirmou o sacerdote, ressalvando, deste modo, a importância da formação permanente.
O Pe. António Jorge referiu ainda a “docibilitas” como a ideia central do pensamento de Cencini. E deixou a definição da palavra latina: “Pleno envolvimento activo e responsável da pessoa no processo educativo e formativo”. Para o conferencista esta “docibilitas” deve começar a ser ensinada nos Seminários.
No diálogo sequente à comunicação, António Jorge ressalvou a necessidade de um maior acompanhamento aos sacerdotes por parte quer do bispo que do próprio presbitério. Vincou, por fim, a necessidade de se perceber a formação permanente como “respiro da vida”, tendo a percepção de que tudo o que se faz no dia-a-dia se engloba e envolve nesse mesmo processo de formação permanente que leva ao crescimento e a uma maior conformação com Cristo Bom Pastor.
NB: por motivos pastorais não estive presente de tarde e como tal não posso deixar informações sobre a comunicação de D. Carlos Azevedo

Diácono José António Carneiro
fotos do padre Júlio disponíveis

Sem comentários: